É isso, sei lá, mas acho que amo você. Amo de todas as maneiras
possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse.
E por fim te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão
grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão
impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse
amor, de tanto que eu encano.
Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me
devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo
seu nada, apenas porque o seu nada também é seu.
Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz.
"another day thinking about him.
I tried to soften the lack of him with poetry
his love with my dreams.
And it is in the dark I feel his absence,
which is this pain that causes me distress.
Today, I realized that you're part of my world,
my sweet reverie.
yesterday, I cried for thy kiss
I cried ... but I died ...
for mine you'll never be..."
Mais uma noite sem dormir, mais um dia pensando em
você. Hoje não segurei as lágrimas, a saudade foi tanta que extravasou
pelos meus olhos. Não era tristeza, era saudade. E não adiantava sair
pelas ruas e procurar os olhos de jabuticaba que eu não iria achar,
assim como nenhum outro sorriso me traz a sua paz. Tentei amenizar a sua
falta com poesia, seu amor com meus sonhos. E é na escuridão que sinto a
tua ausência, que vem essa dor que me causa angústia, essas lágrimas
que traçam o meu rosto, então o sono se esvai pelas minhas mãos. Me
mantenho inquieta na cama, virando de um lado para o outro, procurando
uma explicação. Mas o dia amanhece e a escuridão da noite dá espaço para
o sol brilhar e aí sinto as esperanças renovadas. A escuridão tem sim
que existir, para dar lugar ao sol no dia seguinte, mais brilhante, mais
amor, mais vida, mais Cazuza. Um novo dia, uma nova oportunidade, um
novo gesto, um novo passo, uma nova música, um novo objetivo. Um tudo,
um você.